A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, reiterou o compromisso do governo em tentar costurar apoio bipartidário à proposta de pacote fiscal apresentada pelo presidente americano, Joe Biden, que fará reunião nesta segunda-feira com senadores republicanos. "O tamanho do pacote tem que ser proporcional às dimensões da crise", argumentou, em entrevista coletiva.
Nesta manhã, parlamentares de oposição apresentaram um plano de US$ 618 bilhões, que inclui pagamentos de US$ 1 mil à maioria dos americanos. Psaki disse que Biden considera importante "ouvir as preocupações" de todos os lados do espectro político e que avalia os esforços republicanos como de "boa fé".
No entanto, a porta-voz ponderou que o encontro de hoje não será um fórum para ouvir propostas. Segundo ela, na visão do presidente, a legislação tem que estar mais próximo do valor de US$ 1,9 trilhão proposto por ele.
"Nas conversas, temos ressaltado os desafios econômicos e a necessidade de avançar rapidamente com um pacote grande o suficiente para reabrir escolas de forma segura, fornecer ajuda financeira a famílias e comunidades em dificuldades e cumprir a promessa de acelerar a vacinação", explicou.
A secretária também assegurou que o presidente tem estado em contato com lideranças democratas no Congresso, sobretudo a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer. "Não vou apresentar um cronograma, mas é preciso urgência", defendeu, afirmando que o pacote poderá acrescentar 4% ao Produto Interno Bruto (PIB) americano.
Questionada sobre os movimentos especulativos que têm trazido volatilidade às bolsas de Nova York, Psaki se limitou a dizer que a questão está sob análise da Securities and Exchange Comission (SEC), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos EUA. Já sobre o golpe militar em Mianmar, ela disse que o país está coordenado uma resposta com parceiros na região.