O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 1,8 ponto na passagem de setembro para outubro, segundo a prévia do indicador deste mês divulgado em edição extraordinária pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Se confirmado, o índice descerá a 144 pontos, devolvendo em seis meses de quedas 70% da alta de 95,4 pontos observada nos meses de março e abril.
"Após ensaiar uma aceleração da tendência de queda no mês anterior, o Indicador de Incerteza volta a andar de lado nesta prévia de outubro. A modesta queda da incerteza tem relação com o vai-e-vem das notícias sobre a pandemia de Covid-19 ao redor do mundo, os resistentes números da pandemia no Brasil e a dificuldade em realinhar o discurso político e econômico sobre a transição de fases da economia após as medidas excepcionais de emprego, renda e produção. Por fim, o componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões dos especialistas, voltou a subir no mês indicando a imensa dificuldade de se prever variáveis como Câmbio, Juros Selic e Inflação no momento", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Na prévia de setembro, o componente de Mídia recuou 4,4 pontos, para 125,6 pontos. O componente de Expectativas subiu 9,9 pontos, para 199,9 pontos. O resultado do IIE-Br fechado do mês será divulgado no próximo dia 30.