Confirmando as previsões, o dólar teve abertura volátil nesta quarta-feira, mas uma queda era vista mais cedo em meio à fraqueza do dólar ante pares principais e algumas divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior. Pesa também a percepção de sintonia do discurso das autoridades econômicas brasileiras de que estão cientes da situação fiscal. Ajuda ainda na melhora de humor a alta de 2,9% do volume de serviços na margem, acima da mediana esperada de 2,50% (intervalo de 1,20% a 5,40%).
Os ajustes no câmbio são limitados, porque no exterior persiste um pano de fundo de cautela com as indefinições sobre novos estímulos nos Estados Unidos e após revezes em estudos de vacinas e medicamentos para covid-19 em um cenário de aumento de casos da doença nos EUA e Europa. Além disso, no Brasil, a falta de reformas e de solução para a PEC Emergencial, que incluiria o renda cidadã, apoia desconforto e o período de remessas de capitais ao exterior tem aumentado a demanda por moeda no mercado à vista.
Mas há espaço para realização de lucros no câmbio, diante do ganho acumulado do dólar de mais de 5% em 30 dias e de 38% no ano, de acordo com operadores. Às 9h30 desta quarta, o dólar à vista caía 0,39%, a R$ 5,5566. O dólar futuro para novembro recuava 0,27%, a R$ 5,5590.