As três empresas confiscadas pela Polícia Federal durante a Operação Narcobroker, deflagrada na última quarta, 4, contra o patrimônio de narcotraficantes, deverão ser geridas por profissionais do Conselho Federal de Administração. A medida integra parceria firmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com o colegiado e busca proteger os estabelecimentos comerciais – dois postos de combustíveis e uma pousada.
O objetivo da parceira da pasta com o Conselho Federal de Administração é criar um banco de dados de profissionais experientes em gestão, aptos a auxiliar o Poder Judiciário no gerenciamento das empresas confiscadas em operações contra o crime organizado e o combate à lavagem de dinheiro, no Brasil ou no exterior.
"A ação evitará a desvalorização de empresas e ativos apreendidos nas operações e, que deverão ir a leilão posteriormente", afirmou o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora.
A Narcobroker foi aberta ordem da Justiça Federal em Curitiba, que também determinou o bloqueio de contas de 68 pessoas físicas e jurídicas que, segundo as investigações, tiveram movimentação suspeita de aproximadamente R$ 1 bilhão entre 2018 e 2020. O montante total dos valores bloqueados ainda não foi contabilizado.
Além dos três estabelecimentos comerciais, foram apreendidos 21 imóveis e 19 veículos de luxo. Somente uma das casas que teve o sequestro determinado pela Justiça Federal em Curitiba foi comprada pelo chefe da organização criminosa por aproximadamente R$ 6 milhões, indicou a Polícia Federal.
Cerca de 150 policiais federais cumprem 39 mandados judiciais – nove de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. As diligências são realizadas no Paraná (Curitiba, Paranaguá, Matinhos, Campo Largo), em São Paulo (São Paulo, Santos, Santo André, Peruíbe, Atibaia) e em Santa Catarina (Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú e Urubici).