As bolsas de Nova York fecharam com ganhos, nesta quarta-feira, 19, em um cenário de menor tensão com o coronavírus e seus impactos. Com o setor de tecnologia entre os destaques positivos, os índices Nasdaq e o S&P fecharam em níveis recordes. A ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi monitorada, mas não orientou os negócios no mercado acionário.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, em 29.348,03 pontos, o Nasdaq avançou 0,87%, a 9.817,18 pontos, e o S&P 500 teve alta de 0,47%, a 3.386,15 pontos.
O fato de que diminuiu pelo segundo número consecutivo o número de novos casos de coronavírus na China e notícias sobre a ampliação do apoio governamental de Pequim à retomada das atividades nas fábricas agradaram investidores, em meio a avaliações de que poderia haver corte de juros em breve no país. Nesse quadro, as bolsas americanas mostraram sinal positivo desde a abertura.
À tarde, o quadro se manteve, inclusive depois da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os dirigentes viram, em sua reunião de fim de janeiro, o quadro como mais positivo, embora ainda com riscos, como o coronavírus. Alguns analistas ponderaram que o encontro ocorreu antes do pico na cautela com o surto da doença, portanto essa avaliação poderia mudar. Presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari disse hoje que, caso o surto piore, os EUA devem ser afetados.
Entre os setores, papéis de tecnologia em geral se saíram bem, o que ajudou o Nasdaq. Apple subiu 1,45%, Microsoft ganhou 0,30% e Intel, 1,47%. Os bancos também mostraram força, com Goldman Sachs (+1,77%), JPMorgan Chase (+1,36%) e Morgan Stanley (+1,42%), enquanto as petroleiras igualmente subiram, em dia de ganhos para o petróleo: Chevron subiu 0,45% e ExxonMobil, 0,77%. Na contramão da maioria, Boeing caiu 0,17%, contendo os ganhos do Dow Jones.
A LPL Financial destaca em relatório que as companhias dos EUA em geral têm mostrado um "desempenho impressionante" na temporada de balanços, mesmo diante de ventos contrários no cenário. A consultoria ainda vê um quadro positivo nas perspectivas para 2020 das empresas em geral, entre as integrantes do S&P 500.