Enquanto os sindicatos dos petroleiros brigam para prorrogar a validade do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) até novembro, pela impossibilidade de realizar assembleias da categoria em meio à pandemia do covid-19 para discutir a proposta da Petrobras, a estatal marcou para a terça-feira, 30, a primeira reunião sobre o tema.
Segundo a Federação Nacional do Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos, a Petrobras informou que não trabalha com a possibilidade de prorrogar o ACT e que pretende terminar todo o processo até o dia 31 de agosto. O dissídio dos petroleiros é em setembro.
"A FNP e seus sindicatos não vão aceitar que a empresa se aproveite da pandemia para retirar direitos dos trabalhadores e precarizar ainda mais as condições de trabalho", disse a FNP em nota nesta segunda-feira, ressaltando que vai insistir na prorrogação do acordo durante a reunião.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que congrega 13 sindicatos, também já havia se manifestado pela prorrogação do ACT, alegando que o calendário da negociação foi divulgado de forma unilateral pela empresa aos seus empregados.
De acordo com a FUP, não houve consulta prévia à entidade e a pauta ainda está sendo discutida regionalmente, para deliberação na segunda quinzena de julho, durante um congresso nacional.