Após reunião com representantes do consórcio BRT, que administra o serviço de ônibus expresso no Rio de Janeiro cujos funcionários entraram em greve na madrugada desta segunda-feira (1), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), afirmou que o transporte deve ser retomado ainda nesta segunda-feira e que houve uma "ação coordenada" entre funcionários e patrões.
"Houve uma ação coordenada. Eu não estou chamando de locaute nem estou dizendo que os empregados estavam ali a serviço deles. Mas houve uma ação claramente coordenada, que é inaceitável e não vai se repetir. Se ela se repetir, a resposta será a caducidade do contrato e o cancelamento da concessão", afirmou Paes após a reunião.
O prefeito disse que, embora exista um alegado "desequilíbrio econômico" no sistema, não aceita "qualquer tipo de discussão de ajuda (financeira) do município à concessionária".
Paes afirmou que duas alternativas serão estudadas nos próximos 90 dias: a "caducidade do contrato", ou seja, o cancelamento do acordo, ou a "transformação dele". Mas tudo vai depender de os empresários retornarem a operação do BRT "imediatamente". "Eles saíram daqui com o compromisso de retomar o sistema (de transporte) através do diálogo com os funcionários", disse.
Até as 19h30, o BRT não tinha voltado a circular.
<b>Audiência</b>
Às 14h da terça-feira (2) haverá uma audiência de conciliação, no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), que vai reunir o Ministério Público do Trabalho, a Prefeitura do Rio, o BRT Rio e o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro para tentar um acordo que garanta a continuidade dos serviços.