O novo Jetta Highline, equipado com motor 2.0 TSI, é um daqueles carros que oferecem mais do que pode aparentar. Dificilmente, alguém imagina que o topo de linha do sedã médio da Volkswagen pode ser considerado um carro de luxo, tantos são os equipamentos embarcados, além de ter uma motorização de gente grande.
Talvez isso ocorra até mesmo pelo posicionamento do modelo, que conta com versões por preços mais acessíveis, sem tantos atrativos e motorização menor, que acabam por popularizá-lo.
Não é difícil explicar. O consumidor pode ter acesso a um Jetta com motorização 2.0 Total Flex, com 120 cavalos de potência e câmbio mecânico, por um valor que começa nos R$ 65.755. Já a versão avaliada pelo HOJE, quase R$ 25 mil mais cara, com 80 cavalos a mais, pode ser colocado um passo adiante. É um produto bem superior tanto em motorização como em acabamento. Ou seja, você pode ter um carro superior sem ostentar tanto, já que – externamente – os modelos são bem parecidos.
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O motor TSI a gasolina, por R$ 89.520 oferece 200 cv de potência e torque de 28,5 kgfm. Impõe respeito. Fala forte. Conta com turbocompressor, sistema de injeção direta de combustível, quatro válvulas por cilindro, comando de válvulas variável. São detalhes que geram uma curva de torque plana a partir de baixas rotações, tornando-se uma referência do conceito de downsizing (alta performance com baixa cilindrada e baixo consumo de combustível). Basta dar uma pisada mais forte que a resposta é imediata. É daqueles que grudam você no banco. E aí, uma qualidade vem à tona. O carro fica à mão.
Também vele destacar que o Jetta TSI é econômico. Na estrada, rodando em situações limites, quase sempre na velocidade máxima permitida, ele chega a apontar 13 km com um litro de gasolina ao final de um trecho de 200 quilômetros. E olha que, em determinados momentos, em condições de teste, não foi difícil acelerar até os 180 km/h. Ainda em viagem, chama a atenção o conforto proporcionado a motorista e passageiros, ao acionar o piloto automático. Impressionante a precisão na manutenção da velocidade de cruzeiro e silêncio interno.
Isso é possível, segundo informa o fabricante, à transmissão DSG, de dupla embreagem Tiptronic e seis marchas. Trata-se de uma configuração que permite trocas de marchas com muita rapidez e suavidade, sem interrupção de torque, de forma automática ou manual. Se preferir uma direção mais esportiva, dá para recorrer à alavanca posicionada no console ou pelas borboletas (shift paddles) posicionadas junto ao volante. O número de marchas (seis) também contribui com o desempenho, mantendo o motor sempre dentro da faixa de giros ideal para oferecer maior torque com menor consumo.
A distância entre-eixos de 2.651 mm e os 1.778 mm de largura possibilitaram uma grande ampliação do espaço interno, com ganho significativo para os passageiros de trás. Essas dimensões, juntamente com a bitola de 1.535 mm na dianteira e 1.532 mm na traseira, também contribuem para maior conforto de rodagem e estabilidade. O comprimento total, 4.644 mm, é o maior da categoria e o porta-malas oferece generosos 510 litros de espaço para bagagem.