A medida de redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) no setor automotivo já começa a movimentar o mercado. No dia 21, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez o anúncio do pacote que visa estimular o consumo no setor, melhorar a competitividade do automóvel brasileiro e incentivar a produção dentro do país. O projeto faz parte do Plano Brasil Maior anunciado pela presidenta Dilma Roussef e valerá até o fim de agosto. Os preços devem ter diminuição de 5 a 11%.
A estimativa é que o Governo deixe de arrecadar cerca de R$ 1,2 bilhão com a redução tributária. Para aproveitarem do benefício, as montadoras comprometeram-se a não demitir funcionários durante a vigência do acordo, fazer investimentos na tecnologia e produção local, precisando os carros ter componentes nacionais
No primeiro final de semana com a medida em vigência, três das principais montadoras do país – Volkswagen, GM e Fiat -, promoveram feirões em São Paulo com descontos especiais além dos acertados com o governo. A Renault também usou da redução para promover ação promocional em Curitiba. Atento, o consumidor compareceu em grande número aos feirões, quase dobrando o fluxo nas agências.
As vendas também aumentaram. A Volkswagen, por exemplo, teve crescimento de 50% em relação ao primeiro dia do último evento do gênero, realizado no mês passado. Com a nova temporada de incentivos, a montadora espera aumentar em até 30% as vendas até agosto.
O Governo zerou o IPI dos automóveis de até 1000 cilindradas, com a garantia das montadoras de queda no valor de tabela em 2,5%. Com a medida, o preço final dos populares pode cair até 10%. Para os modelos com motor flex de mil a 2.000 cilindradas, a queda do imposto será de quase 6%, sendo agora de 5,5%. Também houve redução de 13% para 6,5% (de mil a 2.000 cilindradas a gasolina) e de 4% para 1% (utilitários). A expectativa é de redução no preço final de até 7%. Para os modelos importados, continua valendo a alta de 30 pontos percentuais no IPI.
Uma das estratégias das concessionárias tem sido oferecer taxas reduzidas de juros. Mas, mesmo que os preços tenham abaixado, o consumidor deve evitar a compra por impulso, e pesquisar e analisar as condições de pagamentos e de entrega, descontos dados e acessórios. Além disso, se não for adquirido à vista, o ideal dar uma entrada de 20% a 30% do valor do carro, e optar por um financiamento com menor número de parcelas, para evitar os juros.