Cinema

AVALIAÇÃO: VW CC, um espetáculo nos mínimos e nos grandes detalhes

O CC pode ser considerado um automóvel completo. Oferece luxo, conforto, desempenho, beleza e algo mais.

Talvez, por ser um Volkswagen, que tem no Brasil o conceito de marca popular, não ofereça o status que busca alguém que se dispõe a pagar por volta de R$ 200 mil pelo carro.

Mas como status não enche a barriga de ninguém, o CC é uma excelente opção para quem busca um veículo completo. Antes de mais nada, vale frisar que se trata do antigo Passat CC, sigla para Confortable Coupê. Quando chegou a versão 2013, com uma reestilização, a VW passou a chama-lo somente de CC. Neste mês, o carro que tinha preço inicial de R$ 208 mil teve o valor baixado para R$ 184.990, uma redução de R$ 23.150 (11%). 

O CC é assim único cupê de quatro portas que a Volkswagen oferece no Brasil. Conta com tração 4MOTION, motor V6 3.6 FSI com 300 cv e transmissão automática DSG de dupla embreagem. O resultado impressiona. Apesar do porte, acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,5 segundos. Durante a avaliação de uma semana, o GuarulhosWeb pode sentir no pé esses números fantásticos, inclusive de velocidade final, em condições de teste.

Mas, além do belo layout que esconde as portas traseiras e desempenho prá lá de satisfatórios, o CC conquista motorista e passageiros nos mínimos detalhes, que não são poucos. A versão 2013 comercializada no Brasil deste alemão tem novo visual e tecnologias e mais equipamentos de série, como detector de fadiga, o Park Assist II e o Easy Open. Tem aquecimento e resfriamento dos bancos, e até massageador no banco do motorista.

O ACC, já avaliado em outros modelos Passat, que garante pilotagem automática, acelerando e desacelerando conforme a distância do veículo que vai à frente, é um capítulo à parte. Excelente para ser utilizado em estradas, basta definir sua velocidade máxima desejada e seguir. Se alguém à frente estiver numa tocada menor, ele desacelera progressivamente, chegando até a parar. Em meio ao trânsito da cidade, no anda e para dos congestionamentos, após um pouco de prática para dominar a máquina, é perfeito, já que o CC segue o carro da frente parando sempre que necessário.

O detector de fadiga, de série no CC, detecta a perda de concentração do motorista e o avisa com um sinal acústico de cinco segundos. Uma mensagem visual também aparece no painel de instrumentos, recomendando que o condutor faça uma parada para descanso. Se o motorista não parar dentro dos próximos 15 minutos, o aviso é repetido.

O Park Assist II, também equipamento de série, ajuda o motorista a estacionar em vagas perpendiculares, ou seja, em ângulo de 90º com a via de rolamento. O sistema é ativado em velocidades até 40 km/h pela pressão de um botão no console central. O motorista indica o lado da rua em que quer estacionar acionando a seta. Assim que o Park Assist detecta espaço suficiente, utilizando sensores ultrassônicos, a manobra de estacionamento pode começar: o motorista engata a ré e, a partir de então, só precisa acelerar e frear. O carro assume a direção. O motorista é orientado por avisos acústicos e visuais no mostrador multifuncional.

Já o Easy Open, item oferecido também de serie juntamente com o sistema Keyless Access (sistema automático de fechamento das portas e partida do motor por botão), permite que, com um movimento do pé sob o para-choque traseiro, acione a abertura da tampa do bagageiro. A interface entre o homem e a máquina é feita por um sensor de proximidade na área do para-choque, capaz de reconhecer uma rápida movimentação da perna. Obviamente, o porta-malas só é aberto para quem estiver levando a chave correta do CC.

Belo visual
Sobressaem na parte da frente do carro o design da nova grade cromada do radiador com três barbatanas transversais, os faróis bi-xenônio de série redesenhados com luzes de curva estáticas e o capô, também redesenhado. O Volkswagen CC traz luzes de curva dinâmicas, onde 15 LEDs montados em cada um dos alojamentos dos faróis funcionam como luzes de circulação diurnas.

Comparada à do modelo anterior, toda a área que compreende o novo para-choque dianteiro, faróis e grade do radiador exibem linhas mais limpas, totalmente de acordo com o DNA de design da Volkswagen, com a ênfase nas linhas horizontais. 

Apesar das portas sem molduras do CC não terem sido modificadas, o perfil do carro tem nova aparência. Muitos pontos foram trabalhados: na dianteira, o desenho mais reforçado do capô – em contraponto ao novo design do para-choque – torna mais afiado o perfil lateral do carro. Enquanto isso, as soleiras laterais esculpidas de forma mais nítida se destacam entre as rodas. Elas criam uma ligação visual entre os para-choques dianteiro e traseiro e afinam o contorno inferior da silhueta do carro. Na traseira, o para-choque agora tem mais volume e claridade de estilo. Isso cria uma dinâmica muito especial com o estilo das colunas C e a longa e esticada janela traseira.


Muito espaço
O interior do Volkswagen CC também foi redesenhado. Na frente, o carro sempre vem com assentos esportivos ergonômicos projetados para longas viagens. A distância entre o chamado ponto "H" (vértice das superfícies do assento e encosto) dos bancos dianteiros e o dos bancos traseiros é de 850 mm. O resultado é amplo espaço para as pernas dos passageiros de trás. Também há muito espaço para os cotovelos: o CC tem 1.461 mm de largura na parte da frente da cabine e 1.496 mm atrás. A altura interna é consideravelmente maior do que a aparência externa possa sugerir: na frente é de 946 mm e, na traseira, 922 mm.

O interior tem uma personalidade dinâmica e ao mesmo tempo elegante. O painel já havia sido modificado no ano passado: onde a primeira geração do CC integrava dois porta-objetos sobre o console central, agora há um relógio analógico no mesmo estilo do Phaeton. O painel de controle do sistema Climatronic também é novo.

 

Equipamentos de série e opcionais
O equipamento de série do Volkswagen sempre incluiu itens como ponteiras de escapamento duplas, roda de liga-leve com 18 polegadas com pneus autosselantes, vários suportes para copos, assentos esportivos, aros cromados nos interruptores e saídas de ar, ar-condicionado, função Auto-hold, assistente de saída em subidas, controle automático das luzes com funções Leaving home e Coming home, abertura automática do porta-malas do interior do veículo e, é claro, controle eletrônico de estabilidade ESC e seis airbags. Esta gama de equipamento foi aumentada no novo modelo.

Mais conforto, maior segurança, mais prazer. Entre os itens externos de série incluem faróis bi-xenônio com luz diurna em LEDs, luzes de curva estáticas, sistema de lavagem dos faróis, lanternas traseiras em LEDs, iluminação da placa com LEDs e soleiras laterais mais salientes.

Outras opções disponíveis no novo Volkswagen CC incluem um teto panorâmico transparente, sistema de radio e navegação, sistema de som Dynaudio Confidence com 600 Watts), unidades de telefone viva-voz, interface multimídia (MEDIA – IN), iluminação interna integrada ao parassol, luz ambiente nos painéis das portas, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, assim como rodas de liga-leve de 18 polegadas ‘Interlagos.

Motor 3,6 litros V6 com 300 cv
O motor 3,6 litros V6 com 300 cv a 6.600 rpm tem torque máximo de 350 Nm (a 2.400rpm) e leva o cupê de quatro portas até 100 km/h em 5,5 segundos. A velocidade máxima é controlada eletronicamente a 250 km/h. O Volkswagen CC V6 4MOTION é oferecido com tração integral permanente. Topo de linha, o modelo tem câmbio DSG (com dupla embreagem) com seis marchas.

O câmbio DSG se caracteriza pela grande economia e a rapidez nas trocas de marchas. As duas embreagens do câmbio operam em banho de óleo. Mais do que qualquer outro câmbio automático, a transmissão com dupla embreagem tem potencial para reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões. Comparada a uma transmissão automática com conversor de torque, a economia pode chegar a 20%, dependendo do tipo de motor.

O CC V6 é entregue com tração integral permanente 4MOTION de série. Normalmente, o eixo dianteiro é responsável pela maior parte da tração, com o traseiro recebendo apenas 10% da força propulsiva. Isto economiza combustível. O eixo traseiro só entra em ação, passo a passo, quando necessário, dependendo da situação enfrentada. O acionamento é feito por uma embreagem eletrohidráulica intermediária. A vantagem do controle ser eletrônico é que não há necessidade de haver diferença de velocidade entre os eixos para ativar a embreagem, já que a pressão é aplicada por uma bomba elétrica.

 

 

Posso ajudar?