"Já ficamos mais de quatro de meses sem médico e, quando o temos, é uma tremenda dificuldade para marcar uma consulta. Um desrespeito". Estas são as palavras da dona de casa Rosangela Aparecida Paulino, 44 anos, sobre o atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Taboão. A falta desses profissionais, que também acontece em outros locais de atendimento da rede pública de saúde, está sendo combatida por meio de contratações emergenciais. No entanto, para o vereador José Mário, atual secretário da Comissão Técnica Permanente de Higiene e Saúde Pública da Câmara Municipal, o número de vagas não é suficiente para melhorar o atendimento.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou, no Diário Oficial do Município de sexta-feira, a abertura de 34 vagas para contratação emergencial de médicos – com vagas em clínica geral, pediatra, psiquiatra, ginecologista, infectologista infantil, fisiatria, ultrassonografia, oncologia e socorrista psiquiatra. O profissional pode optar pela unidade de saúde para a qual quer ser encaminhado, mas a assessoria de imprensa da Pasta não informou em quais hospitais e postos há vagas em aberto.
Remendo na saúde – "Há um descompasso enorme entre a necessidade e a oferta de vagas na cidade", disse Mário, que considera lamentável a contratação emergencial. Os médicos serão contratados por salários que vão de R$ 3.017,19 a R$ 6.227,47.
De acordo com José Mário, a cidade sofre com o déficit de 500 médicos na rede pública. "A Prefeitura não dá um passo à frente na saúde. O que está sendo feito é um ‘remendo com esparadrapos na saúde de Guarulhos, quando se faz necessário um tratamento".