Cidades

Em ano eleitoral, Hospital Pimentas ganha inauguração de mais uma ala

Desta vez a ala aberta para os pacientes é a maternidade

Em época eleitoral, as atenções voltaram-se novamente para o Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso. Na última quarta-feira, ocorreu mais uma inauguração no hospital – que ainda não foi finalizado, mesmo após quase quatro anos de sua primeira ala de funcionamento. Desta vez, a ala entregue pela Prefeitura é a maternidade.

Com construção iniciada em 2003, a primeira fase do hospital teve inauguração ainda na gestão do prefeito Elói Pietá, em 2007 – também ano de eleição. Atualmente funcionam os módulos de urgência e o ambulatório de especialidades. Na construção foram investidos cerca de R$ 35 milhões, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde.

De acordo com divulgação realizada no site da Prefeitura, no cronograma de obras da segunda fase do Hospital está prevista a inauguração, respectivamente nos meses de novembro e dezembro deste ano, da ala de traumas e cirurgias eletivas, além do setor de psiquiatria. Entretanto, conforme apurou o Guarulhos Hoje em reportagem publicada no dia 20 de maio deste ano, a previsão era de que o setor psiquiátrico também fosse entregue neste mês. O contrato para a construção desta ala foi assinado em 12 de maio, com o valor de cerca de R$ 550 mil.

Ainda segundo informações da Pasta, a unidade hospitalar já havia sido concebida para ser entregue em três etapas.

Nova ala – A maternidade do Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso terá capacidade para realizar cerca de 150 partos por mês. A infraestrutura é formada por quatro salas cirúrgicas, 57 leitos, sendo 15 de UTI neonatal.

Também passarão a funcionar os 12 leitos de recuperação pós-anestésico, 12 para o pré-parto, além dos 18 leitos de alojamento conjunto, no qual a mãe permanece junto do bebê.

Descontentamento – Pessoas que fazem uso do hospital fazem queixas em relação à demora na entrega da obra e também reclamam da demora no atendimento nas alas já entregues. O serviço na unidade de saúde é realizado por médicos contratados por meio da parceria da Prefeitura com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por isso, o hospital não está entre os que receberão profissionais da saúde contratados emergencialmente.

"É preciso terminar logo com isto, pois o povo sofre demais", disse a vendedora Érica de Oliveira, 21 anos, que também reclama da demora no atendimento atualmente.

A auxiliar administrativo Amanda da Silva Rocha, 27, que leva sua avó, de 80 anos, com frequência ao pronto-socorro, frisa que o tempo levado para a conclusão das obras faz com que as pessoas tenham que procurar unidades distantes da região. Amanda destaca ainda a demora no atendimento. "O pronto-socorro é horrível, temos que esperar demais, mesmo fila preferencial. A demanda é muito grande e são poucos médicos".

O pedreiro José Flásio Alves de Oliveira, 49 anos, faz tratamento com cardiologista no local e diz, "muitas vezes a espera por uma consulta com cardiologista é de quatro a cinco meses. Se aumentassem o número de médicos, principalmente de especialistas, o tempo de espera seria menor".

Para o porteiro Josenilson Pinheiro Lucas, 37, a demora no atendimento pode interferir em tratamento. "Quanto mais esperamos, maiores são os prejuízos à saúde, por conta do tratamento tardio".

 

 

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