Questionada, a Prefeitura contradiz Nelci, ao afirmar que em 29 de agosto de 2009, quando morava no abrigo, a moradora solicitou ajuda para nova mudança (caminhão e trabalhadores operacionais). Isso porque o marido havia voltado para casa e brigado com os outros moradores residentes no local.
A administração pública informou que encontrou a família em uma casa construída em espaço abaixo do nível da rua, o que acarretava inundações na ocorrência de chuvas. Então, providenciou encaminhamento da família para uma casa dentro do programa de Aluguel Social e regularização do benefício da Loas (Lei Orgânica de Assistência Social). Também foram providenciadas doações de alimentos, colchões e fraldas, além de atendimento emergencial com o encaminhamento da moça para tratamento especializado, com transporte cedido pelo município.
De acordo com a Prefeitura, foi encaminhado um ofício à Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), com a solicitação com prioridade na demanda de atendimento habitacional para a família, em virtude da situação com a filha. Atualmente a família encontra-se na terceira prioridade na lista encaminhada à CDHU, o que significa que, assim que duas famílias precedentes forem atendidas, a família de Nelci terá assistência neste sentido.
Sem promessa – Ao contrário do que disse Nelci à reportagem do Guarulhos Hoje, a vereadora Eneide (PT), afirmou, "eu não prometi nada".
Na época exercendo o cargo de vice-prefeita e a frente da Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade, Eneide diz que o que houve foi uma ação da Prefeitura. "Não me lembro deste caso, por conta do número de pessoas com problemas parecidos que já atendi. Entretanto, o que se vê é que houve uma ação da Prefeitura".
A vereadora disse que só nesta semana soube do caso de Nelci, ao ser questionada pela reportagem do GH. Ela afirma que não pode dizer nada, já que não atua mais na Prefeitura e ressalta, "o que posso dizer é que ela procure a Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade ou a da Mulher para assistência".