Mães estão com medo de enviar filhos à creche Érico Veríssimo, na rua Hélio de Souza, no Jardim Fortaleza. O problema no local são as rachaduras dentro do imóvel – que teriam acontecido por causa do tremor após uma explosão de pedreira próxima do local, que, segundo moradores, ocorreu há uma semana.
"O meu filho só vai voltar para a creche quando resolver o problema", conta Maria das Dores dos Santos, 34 anos, cabeleireira, que fica insegura em deixar seu filho de oito anos na sala. "Eu vi as rachaduras nas paredes, no canto e até no teto", explica.
Outra mãe insegura em deixar o filho na escola é Fabiola Aguines, 31, cabeleireira, que possui uma criança de quatro anos. "Tem muitas rachaduras. Vai que acontece novamente a explosão na pedreira e piora a situação da sala", destaca ela, temerosa.
Maria alega ter recorrido à escola, mas a única resposta obtida teria sido que um engenheiro foi ao local para a verificação e que a sala pode ser usada sem problema nenhum. "A secretária informou que não tem perigo, mesmo assim não vou deixar meu filho na sala", afirma.
A Reportagem questionou a Prefeitura sobre o problema, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.
Mais reclamações – Muitos do que moram na região da escola, no Jardim Fortaleza, reclamam de tremores que acontecem no bairro por causa das explosões na pedreira.
"Ninguém merece! Meu bebê acorda assustado direto", reclama Andréa Barbosa de Lima Santos, 28, dona de casa. Ela conta que sempre acontecem os tremores. "Às vezes são fortes, outras são mais fraquinhos. Depende do dia", completa.
A costureira Joana Rosa de Jesus Souza, 52, afirma que sente o chão tremer que nem terremoto. "Toca a sirene na pedreira que é o momento da explosão. Parece um estrondo quando acontece", declara.
