Cidades

Após protestos, moradias da Vila Esperança podem ser mantidas

Pelo menos até a próxima quinta-feira, os moradores estariam garantidos no local, já que nesse dia será realizada uma reunião entre representantes da Prefeitura

Após protestos realizados em frente à Câmara nesta quinta-feira, está prevista para a próxima quinta, às 10h, uma reunião entre representantes da Prefeitura e moradores de um terreno ocupado irregularmente na Vila Esperança. O objetivo da reunião é discutir o futuro dos habitantes, que podem ficar desabrigados no próximo domingo caso seja cumprido um mandado de reintegração de posse.

Questionada a respeito da reintegração, a Prefeitura respondeu em nota que "está se empenhando para buscar um acordo junto ao proprietário da área para que a reintegração de posse seja suspensa. Independentemente do resultado, o governo irá receber uma comissão de moradores na próxima quinta-feira, às 10h".

Os recursos impetrados pela defesa dos moradores da comunidade para impedir a retirada das famílias ainda não passaram pela análise da juíza Carolina Nabarro Munhoz, da 5ª Vara Cível.

Alguns moradores, no entanto, dizem que vereadores já garantiram que a reintegração seria adiada. A doméstica Margarida Soares, 39 anos, declarou que a permanência das famílias, pelo menos até o dia da reunião com o representante da Prefeitura, estaria garantida. "Não sabemos de nenhuma outra data de reintegração nem se poderemos ficar lá, é o que devemos discutir na quinta-feira".

Protesto – Na manhã desta quinta-feira, cerca de 70 moradores protestaram em frente ao prédio da Câmara dos Vereadores. Eles levaram faixas reivindicando direito à moradia e pediam ampliação de prazos para realocação dos moradores em outros locais.

Em meio aos moradores também circulavam representantes do Movimento Nacional de Luta por Moradia.

O terreno em questão foi invadido há 18 anos após a falência de uma antiga revendedora Fiat instalada na avenida Guarulhos. Atualmente, 130 famílias ocupam a área.

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