Sem esclarecimentos por parte da Prefeitura, a dona de casa Telma Regina da Silva, 36 anos, espera há mais de quatro meses para participar da cerimônia de casamento comunitário. Depois de ter realizado as inscrições no final do ano passado e a cerimônia estar agendada para 16 de maio, ela continua até hoje no aguardo de uma resposta da Prefeitura.
Morando há dez anos com o seu marido, Telma pretende legalizar a sua situação com o seu companheiro. "Minha irmã que me informou sobre as inscrições do casamento comunitário. Como eu e meu marido estávamos interessados em casar, nos inscrevemos no Fundo Social de Solidariedade", conta. "Quando estava chegando o dia, eu liguei para eles para saber mais informações. Porém falaram que a juíza não liberou o casamento e foi adiado para junho".
Depois de junho nada foi resolvido e Telma ficou na espera de um contato da Prefeitura. "As únicas informações que eu sabia até então era que o casamento ia acontecer no Thomeuzão".
A dona de casa sente um descaso com a situação. "É vergonhoso, porque a gente planeja tudo, fazer uma festinha familiar", afirma. "Na verdade eu só quero uma resposta se vai acontecer o casamento", completa.
De acordo com a Prefeitura, o Poder Judiciário indeferiu o pedido para a realização do casamento comunitário. Porém, A Administração Municipal entrou com recurso, por entender que várias cidades já realizaram este tipo de atividade. Por enquanto, as inscrições que foram feitas em novembro e dezembro de 2009 continuam suspensas.
A Prefeitura ainda informa que só poderiam ser selecionados para o casamento comunitários pessoas que atendessem os seguintes critérios: menor renda per capita da família, conviventes há mais tempo, casais mais velhos, pessoas com comprovadas enfermidades graves ou deficiência física e menor patrimônio.