Desde o último verão, quando foi fortemente atingida por enchentes e chegou a ficar inundada por mais de três meses, parte da população da Vila Any permanece no local à espera de apartamentos sem nenhuma perspectiva de mudança de residência.
A dona de casa Sueli Aparecida de Souza, 44 anos, explica que tem medo de novo alagamento e teme por sua família. "Tenho medo de o Governo não agir, deixando a população sem auxílio", disse. Ela conta que não consegue alugar uma casa para morar enquanto aguarda a liberação de apartamentos por conta dos filhos. "Com crianças, fica mais difícil conseguir alugar um imóvel. Não escolhi ficar aqui", destacou Sueli, que diz não ter respostas em relação aos conjuntos habitacionais.
Moradora da região há mais de dez anos, a dona de casa Cecília Silva Mello, 50, conseguiu um imóvel em outro local por meio do auxílio-moradia – concedido pela Defesa Civil Municipal e pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) – e espera que as obras dos apartamentos terminem. "Tive medo e resolvi sair de lá", conta.
A reportagem do Guarulhos Hoje esteve no local na tarde de ontem e observou que algumas casas já foram demolidas na viela Indaiatuba, principalmente no trecho mais próximo ao rio Tietê. O campo de futebol existente no final da viela está coberto por água.
Para dezembro – Conforme informou no início do mês passado o prefeito Sebastião Almeida, durante solenidade de assinatura de contrato do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), da Caixa Econômica Federal, as primeiras unidades do programa em Guarulhos devem ser entregues em dezembro. No entanto, como disse o prefeito na ocasião, dos 700 apartamentos no bairro da Água Chata, destinados à população atingida pelas enchentes na Vila Any, apenas 200 serão entregues neste prazo.