As empresas que operam no Aeroporto Internacional de Guarulhos devem proporcionar ao Governo Municipal cerca de R$ 43 milhões, aplicados no Fundo Ambiental, para compensar os danos causados pelo excesso de poluentes despejados pelas aeronaves.
A proposta partiu do promotor Ricardo Manoel de Castro (MPE) no encontro realizado na última semana com o secretário de Meio Ambiente, Alexandre Kise, e representantes das companhias aéreas.
No encontro, Castro apresentou propostas para as companhias de acordo com a quantidade de atendimentos e número de linhas aéreas que operam. As maiores empresas, considerados estes parâmetros, como compensação, teriam de contribuir com US$ 1 dólar (equivalente a R$ 1,6889 no dia de ontem) por passagem. O valor arrecadado será destinado ao Fundo Ambiental, onde permaneceria aplicado pelo período de um ano, vinculado à Prefeitura. A utilização da verba de aproximadamente R$ 43 milhões tem finalidade exclusiva para recuperação e preservação de áreas verdes da cidade. No último ano, passaram pelo Aeroporto 21 milhões de passageiros, segundo dados da Infraero.
Para as companhias que registram baixa quantidade de atendimentos, foi sugerida a compra de área rural com 200 mil metros quadrados ou de 50 mil metros quadrados em zona urbana para transformar em reserva particular dentro do município, a fim de compensar os danos causados à natureza pelo excesso de poluentes despejados pelas aeronaves.
Investimento – Kise pretende ampliar os programas de combate ao desmatamento e recuperar os córregos da cidade. "São aproximadamente R$ 500 milhões por ano para investir na recuperação do meio", afirma.
"A primeira iniciativa será recuperar os córregos respeitando o limite de 30 metros e realocar as famílias que vivem nestes locais para outros dentro do município", esclarece Kise.
O Guarulhos Hoje publicou na edição do dia 11 de setembro reportagem sobre o encontro entre o Governo Municipal, representado pelo secretário de Meio Ambiente Alexandre Kise, promotor Ricardo Manoel de Castro pelo Ministério Público Estadual e as companhias áreas. que tinha como objetivo definir a melhor forma de compensar os danos causados pelo excesso de poluentes despejados pelas aeronaves.