Entidades do município divergem sobre o aquecimento da economia no próximo mês com o recebimento da primeira parcela do 13º salário pelos trabalhadores. O pagamento, já antecipado por algumas empresas, deve obrigatoriamente ser feito até 20 de novembro. A expectativa é a de que cerca de R$ 450 milhões sejam injetados na economia com o benefício previsto para meados de novembro.O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Guarulhos e Região, José Pereira, aposta nos resultados positivos apenas com o pagamento da segunda parcela. "O crescimento da economia local, em relação aos vencimentos dos metalúrgicos, depende da decisão sobre negociação da data base. Com a definição, os profissionais irão receber a segunda parcela restituída e deve proporcionar ao mercado a quantia aproximada de R$ 140
O empresário Augusto Valentim, 41 anos, também descarta a possibilidade de crescimento do comércio nos últimos meses do ano. Ele aponta a alta carga tributária como principal motivo. "As políticas de governo estão voltadas para benefícios ao empregado e desfavoráveis ao empregador com o aumento constante da carga tributária sobre os produtos, com isso temos de repassar ao consumidor", explica Valentim.
Já Daniele Pestelli, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Guarulhos, acredita que serão destinados às compras cerca de 10% do pagamento inicial do benefício dos profissionais do setor. "O Produto Interno Bruto (PIB) na cidade é de R$ 3 bilhões por mês e a expectativa é a de que R$ 300 milhões sejam injetados no comércio", declara Pestelli.
A auxiliar de enfermagem Claudia da Silva, 54, afirma que cerca de 90% de seus vencimentos proporcionados pelo 13º salário deve ficar no comércio. "Vou deixar uma reserva para pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o que sobrar vou gastar em compras", esclarece.