O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deve sugerir ao Governo Federal a extinção da parada no Aeroporto Internacional de Guarulhos do trajeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) e a implantação do Expresso Guarulhos, que viria a reduzir o tempo de viagem entre o município e a Capital em até 50% em relação ao projeto inicial. É o que declarou o tucano na última quinta-feira, que fará a proposta para a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) em reunião que ainda terá a data definida.
O prazo final para análise das propostas dos interessados termina no dia 16 de dezembro.
Segundo o plano de Alckmin, o transporte de passageiros aconteceria entre o Aeroporto e o Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e seria realizado por trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), cuja velocidade média atingiria entre 120 e 160 km/h, com viagem entre a Capital e Guarulhos em 10 minutos. O valor da obra é de R$ 3,5 bilhões.
O governador estuda a possibilidade de implantar quatro linhas para substituir o traçado original. No município, a intenção é disponibilizar a linha 14-Ônix da CPTM, chamada de Expresso Guarulhos, projeto descartado pelo atual governador Alberto Goldman (PSDB), no último dia 18 de outubro, conforme publicou o Guarulhos Hoje na edição do dia seguinte.
Na ocasião, Goldman criticou a postura do Governo Federal em relação à construção do terceiro terminal, que acredita ser essencial para calcular a capacidade aproximada de atendimento do Expresso Guarulhos. Ele também afirma que esta indefinição prejudicou o projeto, parado desde 2002, e afastou a iniciativa privada.
Conforme edital de concorrência pública do TAV (www.tavbrasil.gov.br) publicado em 14 de julho deste ano, a linha interestadual terá nove estações com trajeto de Campinas, no interior do Estado, até o Rio de Janeiro; Centro Rio, Aeroporto do Galeão, Áreas Fluminense, Áreas Paulista do Vale do Paraíba, Aeroporto Internacional de Guarulhos, Campo de Marte, Aeroporto de Viracopos e Campinas. Caso seja aceita a proposta de Alckmin por Dilma, o TAV passaria a ter sete estações.
