Quase dez meses após interditada, a ponte Baquirivu-Guaçu – que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos – ainda não tem previsão de liberação do acesso para carros. O segundo processo licitatório para obras no local, acessado por meio da avenida Jamil João Zarif, teve abertura no início deste mês. Segundo a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a primeira licitação para as obras, no mês de setembro, teve descontinuidade por causa da ausência de empresas interessadas.
No momento, estão liberados na ponte o tráfego apenas para pedestres, ciclistas e também motocicletas. Segundo a companhia, o novo processo licitatório teria recebido propostas de empresas interessadas em realizar as obras de reformas na ponte.
Ainda de acordo com a Infraero, atualmente as propostas estão em análise técnica documental. A Pasta informa que para a intervenção também é necessária a avaliação e aprovação do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee), conforme legislação vigente. A informação já havia sido confirmada ao Guarulhos Hoje pela deputada federal Janete Pietá (PT), que acompanha a questão.
A Infraero afirma que, com a reabertura da ponte, somente veículos leves serão liberados para tráfego. Porém, não informou a data prevista para início e conclusão das obras.
Insatisfação – Para funcionários do Aeroporto e demais pessoas que circulam na região que utilizam a passagem, o fechamento tem sido um transtorno. Uma das pessoas que encontram problemas por conta da interdição é a segurança Patrícia Bento, 28 anos, que comenta que "os trabalhadores do aeroporto são prejudicados. Tenho que deixar o carro em casa por causa da interdição".
O agente aeroportuário Enilson Santana, 22, declara que o fechamento leva os que optam por ir de carro a dar uma volta maior, de cerca de 25 minutos. "Isto atrasa muito. Além disso, quando chove, grandes poças dágua se formam no local, dificultando a passagem de pedestres".
A ponte está fechada desde o dia 2 de fevereiro por conta das condições inseguras apontadas por uma vistoria local realizada pela empresa Exame Tecnologia LTDA.