Um estudo feito por especialistas em transportes aéreos, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social , revelou que as maiores deficiências dos aeroportos estão nas áreas de circulação dos passageiros. Dos 20 principais aeroportos brasileiros, treze estão saturados. Os piores são Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, que funcionam como distribuidores de voos para outros aeroportos. Por isso, um problema neles provoca efeito cascata em todo país.
Com as férias, a preocupação aumenta. A Infraero contratou 922 funcionários para trabalhar, por exemplo, na manutenção de equipamentos e na fiscalização das operações de pouso e decolagem. Eles vão, principalmente, para os aeroportos de maior movimento, como Brasília, Guarulhos, Recife e Galeão, no Rio de Janeiro.
Com isso, na visão dos especialistas, essas áreas deveriam ter prioridade na aplicação dos recursos. Ao todo, 60% dos investimentos deveriam ser feitos nessa área.As obras mais urgentes são a ampliação das áreas para embarque e desembarque e mais pátio de estacionamento de aviões. A Infraero também comprou mais ônibus e micro-ônibus para o transporte de passageiros e 13 mil carrinhos de bagagem. E está aumentando o espaço nos aeroportos com um tipo de construção mais simples, como no aeroporto de Brasília.
Segundo a Infraero, a ampliação, com módulos, será feita em doze aeroportos até meados de 2013. No aeroporto de Guarulhos, serão três módulos, com capacidade para 6,5 milhões de passageiros por ano. Guarulhos também vai ganhar mais 988 vagas de estacionamento até o fim deste mês.Para a Copa do Mundo, a empresa pretende investir R$ 5,5 bilhões em obras de reforma e ampliação de aeroportos. Mas a maioria das obras ainda está em fase de projeto.