Rachaduras enormes, paredes parcialmente destruídas e sem parte do telhado. Estas são as condições relatadas por pais e parentes de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Érico Veríssimo, no Jardim Fortaleza. Por conta destes problemas, o término do ano letivo foi antecipado e, há cerca de três semanas, os estudantes foram dispensados pela direção da unidade.
A empregada doméstica Iranilda dos Santos, 30 anos, confirma o problema. "Várias paredes estão rachadas, com vãos entre elas. E ainda as telhas foram levadas por conta das fortes chuvas há aproximadamente duas semanas", conta.
Sobre um dos prédios da instituição é possível ver toldos pretos e pedras no lugar onde deveriam estar telhas. "Vários locais apresentam sinais de umidade. Basta chover e a água acumular em cima da escola para ter vazamentos", completa a costureira Márcia Justina Lopes, 37, tia de alunos do colégio.
No meio da escola, um prédio azul, identificado pelos entrevistados como a área da cozinha está com parte de suas paredes destruídas.
Unidade sofre com constantes explosões em pedreira localizada nas imediações
Localizada ao lado de uma pedreira, a escola sofre com os abalos constantes provenientes das detonações geradas pelo trabalho de extração. "Todas as casas são abaladas pelas explosões. Há poucos dias realizei uma obra em minha casa também e já está com rachaduras", exemplifica Márcia.
Informada pela diretoria da unidade que as aulas seriam interrompidas por motivos de segurança, a auxiliar Hosana Maria Silva, 22, afirma não saber o que acontecerá. Mãe de uma criança que frequentava a unidade pelo primeiro ano, espera uma confirmação oficial. "Dizem que irão demolir, outros falam que se não der tempo de entregar [uma nova unidade], irão alugar um salão para as crianças", relata.
Questionada, a Secretaria de Educação confirmou a interrupção das aulas no início de dezembro e disse que um laudo técnico da Prefeitura irá apontar os problemas existentes na Érico Veríssimo.
No entanto, já adiantou que a escola será reformada, porém sem citar datas, mas afirmando que a expectativa é que os problemas sejam sanados até o início do ano letivo de 2011.
Ainda em resposta, a Pasta justificou que, por se tratar de uma escola de educação infantil, a reposição dos dias restantes de aulas não será necessária.