Incomodados com o entulho, lixos comuns, colchões e até pedaços de móveis jogados no terreno, a população registrou queixa no Fácil, porém a imobiliária, proprietária do imóvel, alega não ter sido notificada pelo Poder Público.
O soldador Avaílton Silva, 48, foi o responsável pela reclamação, documentada sob o número 3.946, registrada no último dia 3 no órgão público. Porém, afirma que, desde então, não recebeu resposta e muito menos ocorreu alteração da situação atual.
Apesar de o local estar murado, a construção tem rachaduras em sua estrutura, colocando em risco populares que passam pelo local e a calçada está intransitável, devido ao mato alto e lixos no local. No terreno, o mato já ultrapassa a altura da mureta e divide espaço com dezenas de itens. É possível encontrar pedaços de madeira, entulho, pedaços de móveis, lixo orgânico e também copos plásticos, que acumulam água das chuvas e tornam-se foco de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
Segundo Silva, o problema é recorrente e a presença de ratos, insetos e animais peçonhentos é comum. "Há 17 anos que sofro com este terreno. Os ratos invadem as casas a toda hora, não damos conta de matar. Já encontramos cobras, aranhas e um monte de mosquitos que nos incomodam", desabafa.
Com o documento em mãos da queixa, o soldador diz que aguarda um retorno até hoje. "Ninguém me passou respostas e continuamos sofrendo com isso, principalmente com este período de calor e chuvas. Os vizinhos jogam até carcaças de animais aí", denuncia.
Vizinho do imóvel, o vendedor Oscar de Souza, 60, joga a responsabilidade nos próprios moradores. "Direto eu tiro lixo de dentro do local. Os vizinhos não respeitam, vem de outros lugares e descartam o material aqui", critica. "Já vi todo tipo de inseto aqui e baratas surgem de monte", completa.
Além disso, o agente de portaria Germino Cícero, 46, diz que as crianças do bairro pulam no terreno para pegar pipas. "Estes dias um cabo de eletricidade quebrou e caiu aí dentro. Quase que tomam choque", denuncia.
Mesquita – A reportagem contatou um dos proprietários da Imobiliária Mesquita, Hélio Mesquita, que afirmou não ter conhecimento da situação. "Sempre atendo as solicitações de manutenção em nossos terrenos, mas não recebi queixas nem notificação da Prefeitura sobre o local", justificou.