Cidades

Guarulhos registra redução do número de falências em 2010

No ano passado 80 empresas fecharam as portas na cidade, enquanto em 2009 esse número chegou a 95

Segundo levantamento realizado pelo Serasa Experian, o número de falências de empresas em 2010 foi o menor registrado no País desde 2005, ano em que foi editada a nova lei de falências. Em Guarulhos, esse índice também sofreu redução de 15,8% neste período. Foram 15 a menos que em 2009.

No ano passado 80 empresas fecharam as portas na cidade, enquanto em 2009 esse número chegou a 95. A redução mais significativa no ano passado está no número de falências requeridas – ou seja, aquelas em que as empresas solicitam -, um total de 61, contra 73 observadas em 2009.

O cenário, entretanto, é positivo em todo o País. No acumulado dos últimos 12 meses foram registrados 732 decretos contra 831 no mesmo período de 2009. De acordo com o levantamento do Serasa, as micro e pequenas empresas foram as que apresentaram o maior recuo no número de falências decretadas no ano passado. De janeiro a dezembro de 2010, houve 653 decretações de falência de micro e pequenas, ao passo que em 2009 foram 831.

Já as médias empresas somaram 64 decretos em 2010, seis a mais que em 2009. As grandes, por sua vez, tiveram 15 falências decretadas ao longo do ano anterior, número menor que os 19 verificados em 2009.

O assessor econômico da Seras Experian, Carlos Henrique de Almeida, explica que o recuo do número de falências no ano passado se deve, principalmente, pelo crescimento do País, cerca de 7,5%. "A elevação da renda do consumidor gerou maior capacidade de consumo e, consequentemente, aumento da produção. Isso influenciou diretamente no acréscimo de receita e maior faturamento pelas empresas", esclareceu Almeida.

De acordo com ele, na perspectiva de 2011, deve-se considerar que a economia crescerá menos, em razão da política monetária restritiva para controle da inflação e ajuste do crescimento do País, diante da pouca ociosidade existente na produção. Em sua avaliação, crescimento estimado do Brasil este ano é de cerca de 4,5%. "Ainda assim os investimentos seguirão o mesmo ritmo e o consumo continuará sendo o sustentáculo da economia em 2011", considerou o economista. Segundo ele, o número de falências deve permanecer estável, por não existirem fatores suficientes para reverter esse quadro.

Consumidor – Se por um lado os economistas comemoram a redução do número de falências, por outro se preocupam com o aumento da inadimplência do consumidor brasileiro, que cresceu 6,3% na comparação com o ano de 2009. De acordo com levantamento do Serasa, a elevação foi superior à verificada em 2009, ano marcado por impactos da crise financeira internacional no País.

Para os economistas do Serasa, os aumentos nas variações de inadimplência do consumir em 2010 foram resultados do maior endividamento, acima da expansão da renda pessoal; dos prazos mais longos para financiamentos ofertados pelo mercado; além aumento da inflação, que contribuiu para a redução do poder aquisitivo do trabalhador.

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