Cidades

Número de favelas cresce mais rápido do que programas habitacionais

Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Habitação, divulgado no ano passado, a cidade tem 378 ocupações e 27 loteamentos irregulares

Bem ao lado de uma das mais recentes inaugurações promovidas pela Prefeitura de Guarulhos, o Terminal Rodoviário e Turístico do Cecap, e do Hospital Geral, uma nova favela toma corpo.O local, que abrigava algumas poucas famílias até meses atrás, já conta com quase 30 barracos. Em outro ponto, na divisa com São Paulo, um aglomerado avançou numa velocidade assustadora. Às margens da avenida Educador Paulo Freire, em Ponte Grande, já são perto de 200 famílias.

Os dois exemplos servem para confirmar o avanço no número de favelas em Guarulhos, um dos municípios do Estado que mais contam com esse tipo de habitação. Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Habitação, divulgado no ano passado, a cidade tem 378 ocupações e 27 loteamentos irregulares. Em todo o Estado são 7.550 núcleos irregulares.

O ajudante Celso Paulino dos Santos, 33 anos, conta que chegou à região do Hospital Geral há cinco anos. Neste tempo, acompanhou o crescimento do número de barracos, que se acentuou nos últimos meses. A Secretaria de Municipal de Desenvolvimento Urbano informa que são realizadas vistorias e apuradas denúncias, além de mapeamento de áreas com ocupações irregulares, como forma de inibir o surgimento de novos barracos.

Porém, Santos garante que nunca viu qualquer tipo de fiscalização no local. "Nem sabemos se há processo de moradia para nós na Prefeitura e vivemos aqui, sofrendo com todo tipo de problema, inclusive com alagamentos nesses períodos de chuva mais forte", diz.

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