As novas marginais da Rodovia Presidente Dutra devem ser entregues até o final do ano. O Guarulhos Hoje apurou que a intenção da Nova Dutra, concessionária que administra a via, é antecipar em pelo menos cinco meses a entrega das obras, que ligarão Cumbica à região central, previstas para serem finalizadas em maio do próximo ano.
A construção no sentido SP, que teve início no final de 2010, encontra-se em fase inicial, ainda na região de Cumbica, próximo ao viaduto Santos Dumont, porém a concessionária trabalha com a expectativa da entrega ser antecipada para dezembro.
Serão construídas uma via lateral com três pistas de rolamento, uma de acostamento e outra pista marginal em determinados trechos entre a Cidade Satélite Industrial de Cumbica, na altura do km 216, e o Centro, quando a pista terminará na região do Viaduto Cidade de Guarulhos, próximo ao km 222, quando acontece a junção entre a via expressa e a local da Dutra.
STT ainda aguarda para discutir o projeto definitivo
As obras serão de total responsabilidade da concessionária, tendo a Prefeitura uma participação consultiva no projeto. Serão construídos 5,6km de vias com uma verba de cerca de R$ 90 milhões advindos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Nova Dutra, sem participação financeira da Prefeitura. No total, foram aprovados R$ 270 milhões para este investimento.
A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) aguarda a convocação de uma nova reunião com a concessionária para discutir o projeto definitivo, apesar das obras já terem se iniciado. Na ocasião, a Pasta também discutirá os acessos das novas pistas da rodovia à cidade.
Paliativa – Para os motoristas que trafegam diariamente na região e que convivem com os congestionamentos que se formam no sentido SP, principalmente no período da manhã, a construção das novas pistas será apenas uma medida paliativa, pois quando chegar ao Viaduto Cidade de Guarulhos, se afunilará novamente.
"Não vaio ajudar muito. Resolveria se não tivesse um afunilamento logo em frente", comenta o caminhoneiro Agnaldo dos Santos, 40, que afirma sofrer com um trânsito de cerca de duas horas no local constantemente.
Para o companheiro de profissão, Wagner Arpim, 27, pouca coisa pode ser feita para resolver o problema dos congestionamentos. "Pelo trânsito que encontramos hoje, isso só alivia parcialmente, pois o fluxo de carros é muito grande", preocupa-se. Sem rota alternativa, Arpim se mostra pouco otimista na redução do tempo de até três horas que perde na rodovia.
