Mais uma vez a Infraero postergou o início das obras da pista de maior extensão do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O HOJE apurou que a que a decisão foi tomada pela Empresa de Infraestrutura Aeroportuária, após reuniões que contaram decisão, que contou com diversas reuniões entre Infraero, empresas aéreas, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
No entanto, acabou prevalecendo o loby das companhias, isso porque a pista de 3,7 mil metros teria de ser reduzida para 2,5 mil metros para que as obras fossem realizadas. Esse encurtamento faria com que a capacidade operacional de Cumbica caísse dos atuais 45 movimentos (pousos ou decolagens) por hora para apenas 28. Essa é a segunda vez que o inicio das obras é adiado. Em setembro do ano passado a Infrero havia confirmado a Reportagem que o inicio seria neste mês.
Infraero atribui atraso às companhias aéreas
Segundo a estatal, de acordo com os entendimentos mantidos com os envolvidos nesse processo e considerando que o tempo solicitado pelas companhias aéreas será compatível para o remanejamento da malha aérea de cada uma das empresas, sob a coordenação da Anac, a Infraero acredita que a postergações das obras na pista será realizada sem prejuízo às operações do aeroporto e dos usuários do transporte aéreo.
Na verdade a principal alegação das companhias aéreas se concentra em um completo remanejamento das malhas aéreas das empresas, apontado em um estudo do Decea, o aeroporto dificilmente conseguiria absorver o fluxo de aeronaves – o que comprometeria a pontualidade dos voos não só em São Paulo, mas em praticamente todo o País.
Em vez da interdição, a pista será reduzida em 30% por quatro meses, de agosto a dezembro. No entanto, a Anac estaria em contato com as companhias aéreas que operam em Guarulhos para a avaliação de soluções. Outubro é a previsão para que haja um plano de ação.