Os alunos das escolas municipais não terão lanche, nem qualquer refeição nesta segunda-feira.O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap) afirma que as cozinheiras das escolas entraram em greve por tempo indeterminado. A categoria quer reajuste salarial, pagamento de insalubridade e plano de carreira.
O presidente do Stap, Jair de Souza Lima, diz que cerca de 500 das 700 cozinheiras devem aderir à paralisação. Elas recebem salário de R$ 1.039 e querem equiparação com as da Proguaru que ganham R$ 1.378. A categoria reclama que nem todas recebem insalubridade _ um acréscimo de 20% no salário _ e que não foram incluídas no plano de carreira para os funcionários da Educação no ano passado.
Segundo Lima é preciso melhora nas condições de trabalho das cozinheiras, pois há cozinhas que faltam equipamentos. "Até agora o Governo não apresentou nada. A expectativa é que as negociações avancem", diz. Ele afirma que o sindicato acionará a Justiça caso a Prefeitura mande funcionários de outras funções trabalharem na cozinha durante a greve.
Em nota, o presidente da Comissão Permanente de Negociação (CPN) e secretário de Administração e Modernização, Marco Arroyo, afirmou que não foi notificado até a tarde de sexta-feira sobre a greve.
A secretaria não informou porque nem todas as cozinheiras recebem insalubridade e se é estudada a concessão de reajuste salarial para elas.
A Secretaria de Educação não confirmou se as crianças ficaram sem lanche, se os pais foram comunicados da greve e se outros funcionários podem ser deslocados para trabalhar nas cozinhas das escolas.
Depoimentos
"Meus filhos já vem para escola depois de tomar café, mas é complicado. Tem crianças que dependem do lanche e vão ficar sem."
Jaqueline Macedo Cavalcanti, 34, dona de casa
"Não me informaram da greve. Acho um absurdo essa situação. E as professoras não deixam minha neta levar lanche para escola. As crianças vão ter que ficar com fome."
Zenaide Rodrigues Silva, 54, dona de casa
