A família de Thiago Júnior da Silva, 16 anos, conseguiu finalmente enterrar, nesta quarta-feira, o corpo dele, no cemitério Necrópole do Campo Santo, na Vila Rio de Janeiro. No domingo, o Instituto Médico Legal (IML) trocou o corpo dele com o de outra pessoa ainda não identificada, enquanto os restos mortais de Thiago ficaram nas gavetas do IML.
Na quinta-feira, o desempregado Thiago Júnior da Silva, 16 anos, foi morto no Parque Santos Dummont, baleado no pescoço por policiais militares, segundo os familiares. O jovem teve passagem pela Fundação CASA (ex-Febem) e tinha envolvimento no tráfico de drogas.
Os parentes foram ao IML e reconheceram o corpo como sendo de Thiago. Ele foi enterrado no domingo, às 9h, porém, horas depois, o IML informou à família que o corpo não era de Thiago. Por uma tatuagem a família percebeu que o corpo sepultado era de um desconhecido.
O corpo do desconhecido foi exumado na tarde de ontem com autorização judicial e destrocado pelo IML. A família teve que realizar um novo sepultamento, mas com a certeza que o corpo era o correto. "Vamos esperar alguns dias para entrar com um processo contra o IML por essa situação. Não dá para explicar o que estamos sentindo. É um pesadelo que está acabando", afirma o motorista Hutemberg Wdson Rios Bispo, 32 anos, tio de Thiago.