A Farmácia de Alto Custo de Guarulhos, localizada no Gopouva, continua sendo alvo de críticas por usuários. Depois da mudança do Complexo Hospitalar Padre Bento para um prédio fora do hospital e a extinção das filas de até oito horas de espera dos usuários, os pacientes que precisam dos medicamentos reclamam da burocracia e da falta de remédios.
O conselheiro da União dos Aposentados de Guarulhos, Osvaldo dos Santos, 73, se queixa da burocracia para se conseguir os remédios. Ele toma medicamentos para reduzir o colesterol há seis meses. "Tem que levar vários papéis para o médico preencher. Entendo que se o médico receita o medicamento não precisa de mais nada", conta. A aposentada Maria Bispo dos Santos, 61, diz que recebe remédios por ter transplantado os rins em 2004. "Tem semana que falta o remédio na farmácia e eu peço ajuda no hospital que fiz a operação", afirma.
Um estudante de 25 anos, que não quis se identificar, afirma que utiliza Acitretina de 10 mg, para portadores de psoríase, há mais de um ano e que tem tido dificuldades para conseguir o remédio nos últimos dois meses. "Falaram no mês passado que não tinha e quando chegou o Acitretina o meu exame não valia mais e não podia pegar. Daí quando consegui outro exame a farmácia não tinha mais remédio. Isso é ridículo", diz.
A Secretaria de Estado da Saúde afirma que os documentos pedidos para a entrega dos remédios são necessários já que os medicamentos possuem alto custo ao Estado. A pasta explica que não possui um levantamento de quantos remédios estão em falta no local. A secretaria admite que o Acitretina de 10 mg não está disponível, mas garante que o estoque será reabastecido na próxima semana.