Cidades

Moradores pedem muro de arrimo para conter cheias de córrego no Santa Inês

Em época de chuvas, além de inundações, o asfalto do local desmorona

O piso da Avenida Príncipe de Galles, no Jardim Santa Inês, está cedendo. O motivo: o córrego que passa paralelamente à via está causando a erosão do solo. Para a população local, a instalação de um muro de arrimo e o dessasoreamento do rio resolveria o problema.

Segundo os moradores da avenida, que moram próximo ao córrego, o problema se agrava na mesma proporção em que as chuvas chegam com força a cidade. "A cada pequeno desmoronamento, cai um trecho da rua. Na última vez foi a guia", diz a dona de casa Carlinda Barbosa.

A erosão, segundo a população, começou depois que um empreendimento imobiliário começou a ser erguido na margem oposta do córrego. "Pouco tempo depois do começo da construção desse condomínio, o leito do córrego foi alterado e a partir daí a rua começou a desabar", conta o marceneiro Sebastião Anselmo de Farias.

Um muro de arrimo, que seria a solução apontada pela população, já foi pedido à prefeitura, mas até o momento as pessoas estão sem resposta. "Nós não pedimos que a prefeitura faça a obra, mas que ela nos oriente para que a gente faça em regime de mutirão", pede Carlinda. "Já tem muros de arrimo em um trecho do riacho, só queremos que ele seja estendido até aqui, porque estamos correndo riscos", segue Farias.

"Minha casa foi inundada e perdi quase toda a mobília"

Outros problemas apontados pelos moradores do Jardim Santa Inês são as cheias do córrego. "Na última chuva minha casa foi invadida pela água e perdi quase toda a mobília", diz a dona de casa Eleonora Toreli.

Quando funcionários da prefeitura estiveram no local, a dona de casa disse ter ficado surpresa com a postura dos trabalhadores. "Pedi à prefeitura que retirasse o entulho no qual se transformaram os móveis, mas quando os funcionários vieram aqui, disseram para deixar tudo na beira do córrego, ou que jogasse dentro dele. Mas se eu sofro com a enchente, por que eu vou entupir o rio ainda mais?", continua Eleonora que disse ter de queimar seus móveis no terreno baldio ao lado das casas. "Foi a alternativa que encontrei para dar fim ao lixo", finalizou.

O problema também se agrava devido a um condomínio do CDHU que teria executado obras no local.

A prefeitura não enviou qualquer resposta até o fim dessa edição.

 

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