A maioria da população das Regiões Metropolitanas utiliza transporte público, segundo estudo sobre mobilidade urbana do Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (Ipea). O levantamento, divulgado na última quarta-feira, revela que 66,36% das pessoas se locomovem predominantemente transporte público.
O Ipea revela que as demais pessoas utilizam carros (21,96%), motos (4,91%), bicicleta (1,64%) e a pé (5,14%). O estudo destaca que a rapidez é o ponto mais destacado nos deslocamentos feitos por moto. Já o alto índice de locomoção por transporte público ocorre por conta do preço e de ser a única opção para se chegar a outros locais pela maioria das pessoas. Apesar do destaque do transporte público, entre as pessoas que utilizam outros meios mais de 20% afirmam que jamais utilizariam ônibus ou trens.
Para os entrevistados no levantamento do Ipea a melhor característica de qualquer modo de locomoção é a velocidade para se chegar ao destino final, seguido de ser barato. Menos de 50% dos que foram ouvidos pelo Ipea consideram bom o transporte público. Já o grupo das motos foi considerado bom ou muito bom por mais de 80% dos usuários. Os usuários de transporte público também são os mais sujeitos a congestionamentos, com mais de 70%. Já a segurança sempre é mais percebida por motoristas de carros, com mais de 50%.
O professor da Universidade Guarulhos (UNG) e especialista em mobilidade urbana, Tadeu Leite Duarte, diz que os congestionamentos contribuem para as críticas da população ao transporte público. "A solução seria investir em corredores de ônibus e em transporte ferroviário", afirma.
Duarte critica a falta de ligação por trens de Guarulhos com as demais cidades da Região Metropolitana. "Os maiores aeroportos das principais cidades do mundo o Metrô chega na porta. Em Guarulhos só vai até a metade do caminho. Tem que se investir no transporte coletivo em detrimento ao individual", explica.