A Câmara Municipal aprovou nesta quinta-feira a realização de eventos na avenida Paulo Faccini e nas praças Getúlio Vargas, no Centro, Santos Dumont, na Vila Galvão, Oito de Dezembro, no Taboão. O projeto, de autoria do prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), precisa passar por nova votação marcada para a próxima terça-feira.
A proposta de Almeida revoga as leis anteriores que impedem a realização de eventos nestes locais, com exceção do desfile de 7 de setembro na avenida Paulo Faccini. A proposta é polêmica pelo temor de que se ocorram manifestações que causem mais congestionamentos na cidade. O resultado da votação foi 19 vereadores favoráveis, seis contrários e nove ausentes.
Em dezembro, o Caminhão da Sorte, da Caixa Econômica Federal, interditou a rua lateral da Praça Getúlio Vargas por uma semana, o que ocasionou em problemas no trânsito. Motoristas que precisavam trafegar pelas ruas e avenidas centrais, principalmente no eixo Timóteo Penteado, Esperança e João Gonçalves, no sentido bairro-Centro, tiveram que enfrentar maiores índices de congestionamentos no período.
A lei que proíbe a realização de manifestações na Paulo Faccini, no trecho entre a avenida Tiradentes e Papa João XXII, no Maia, vem de 1995. A restrição a feiras e eventos na Praça Getúlio Vargas e nas vias que a circulam, e na praça Santos Dumont e adjacentes ocorreram em 1987. A proibição na praça Oito de Dezembro e vias adjacentes aconteceu em 2000.
A presidente da Comissão de Justiça e Redação, vereadora Marisa de Sá (PT), afirmou que já acontecem eventos nessas avenidas, como a corrida do Batom e a Marcha para Jesus. "O ponto mais crítico seria o Carnaval na avenida Paulo Faccini e nós retiramos esse ponto. A Prefeitura terá bom senso de não trazer nada que cause transtorno na cidade", diz. Ela explica que o projeto permitirá feiras de artesanato, o que contribuirá com a sobrevivência de pessoas.
O vereador Eduardo Carneiro (PSL), integrante do Centrão, avalia que as praças e avenidas citadas não deveriam ser utilizadas para eventos. "Nós vivemos uma situação complexa em trânsito. As caminhadas e manifestações devem acontecer em pontos específicos", afirma.