As construtoras que entregam unidades habitacionais do programa ‘Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal estão procurando áreas em Guarulhos, porém, segundo a própria Secretaria de Habitação, os terrenos à disposição estão caros.
Com a elevação dos preços das áreas, quem sofre são as famílias cujas rendas variam até três salários mínimos. "Estão em construção 1918 moradias de interesse social (até três salários), mas não há pedidos para a instalação de novas unidades", disse em nota a Secretaria de Habitação, que responde apenas por essa faixa de renda.
Para Donizete de Araújo Branco, delegado regional do Creci, a alta dos preços ocorre devido ao ‘boom imobiliário no qual Guarulhos está vivendo. "As grandes construtoras estão ocupando as áreas centrais com unidades que não estão vinculadas ao programa", diz ele.
O CEO do Grupo Ameni – empresa especializada em encontrar e regularizar áreas para construção de habitações – Ararê Patusca concorda, mas ressalta que essa não é uma realidade apenas da cidade. "De um modo geral, até devido aos eventos como a Copa e a Olimpíada, os terrenos tiveram um aumento nos preços".
Entretanto, Patusca diz que os preços de Guarulhos estão mais ‘salgados. "Em relação a outras cidades da região, os valores são maiores. Estamos conversando com a prefeitura e com alguns secretários que estão cooperativos em relação ao andamento do projeto", diz ele. Com a alta dos valores em bairros próximos ao Centro, restam os terrenos na periferia. "O único problema desses locais é a falta de infra-estrutura.