O ajudante L.C.S.L., 20 anos, foi o último suposto estuprador preso pela polícia em Guarulhos. Conhecido como o "estuprador da rua Cavadas", ele é acusado de ter atacado uma balconista de 23 anos em 21 de maio e ter feito tentativas contra uma operadora de máquina no dia 23 e uma faxineira de 43 em 28 do mesmo mês.
Segundo a polícia, L.C.S.L. atuava somente na rua Cavadas, no início das madrugadas. O suspeito utilizava uma faca para ameaçar as vítimas. "Estava esperando um ônibus às 5h30. Ele apareceu e perguntou se ali passava o Penha. Depois tirou uma faca do bolso, colocou na minha barriga e me fez andar com ele. Quando vi um carro da polícia passando, sai correndo e pulei na viatura", explicou a faxineira, última vítima, que machucou a mão direita ao afastar a faca do agressor. Neste dia, o suposto estuprador foi preso.
A faxineira reconhece que tem medo de dormir depois do fato. A delegada da DDM afirma que a polícia teve sorte em prende-lo. "Ele seria um serial killer. Agia com elemento surpresa em um único local. Nem sempre é possível deter essas pessoas no início", diz.
O advogado Dejair José de Aquino Oliveira nega que L.C.S.L. tenha cometido os crimes. "Ele não admite, possui residência fixa e tem bons antecedentes criminais".
Município oferece atendimento às vítimas
O trauma ocasionado por um estupro é algo que as vítimas levam por toda a vida, apontam os especialistas. Para diminuir os danos causados por este crime, Guarulhos possui atendimento gratuito oferecidos pela Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (Asbrad) e Prefeitura.
A presidente da Asbrad, Dalila Figueiredo, explica que as mulheres precisam procurar ajuda para superar o medo causado pela violência sofrida. "Atendi uma garota de 23 anos que foi estuprada pelo próprio pai entre os 12 e 14 anos. Ela não conseguia ter amigos, namorado, nem nada. Tivemos que trabalhar nisso", conta.
Segundo a coordenadora Hedy Maselli Cabrera de Almeida, da Coordenadoria Municipal da Mulher, as Casas das Rosas, Margaridas e Beths, oferecem ajuda psicológica, social e jurídica às vitímas de estupro. "A rede municipal de saúde oferece os medicamentos necessários", afirma. Mulheres podem buscar auxílio no 2441-0019.
Em caso de estupro, o que fazer?
1. Procurar a polícia;
2. Não tomar banho antes de fazer o exame sexológico;
3. Ir a unidades de saúde do município e tomar remédios contra gravidez e coquetel contra a infecção pelo vírus HIV;
4. Fazer exame sexológico;
5. Ir à delegacia sempre que solicitada para identificação de suspeitos;
6. Fazer acompanhamento psicológico
Fonte: CIM (Centro de Integração da Mulher) e Polícia Civil
Cuidados para se evitar violência sexual
1. Tomar cuidado com propostas feitas pela internet e encontros com desconhecidos;
2. Evitar locais isolados, ermos e sem iluminação;
3. Evitar andar sozinho entre 18h e 6h;
Fonte: Asbrad (Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude) e polícia Civil
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