Conforme anunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap), a greve dos servidores da rede de Saúde de Guarulhos, à exceção dos médicos, iniciou nesta segunda-feira, com a participação de cerca de 600 funcionários.
Os manifestantes começaram o protesto às 7h no HMU (Hospital Municipal de Urgências), depois se deslocaram para o Paço Municipal e terminaram a passeata por volta do meio-dia na praça Getúlio Vargas, no Centro.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu liminar decretando que os funcionários da Saúde garantam 100% de atendimento nas urgências e emergências, e 70% nos serviços restantes. Em caso de descumprimento da sentença, o Stap terá de pagar uma multa diária de R$ 100 mil. Oficiais de Justiça foram designados pela desembargadora para acompanhar o cumprimento da determinação judicial.
Nesta quarta-feira à tarde, o sindicato se reúne com a administração municipal no TRT para negociar as reivindicações dos servidores da Saúde. "Estamos cumprindo a determinação da desembargadora, 30% do quadro de funcionários estão em greve, enquanto os demais 70% continuam em atividade", declara o diretor do Stap, Rogério Oliveira.
A partir das 8h, de hoje, os servidores se concentram novamente na praça Getúlio Vargas, para continuar a reivindicação da classe. Entre as principais causas estão o aumento salarial de 30% e jornada de 30 horas.
A auxiliar de enfermagem, Cíntia Thompson, de 29 anos, da UBS Tranquilidade, afirma que os trabalhadores já estão sufocados. "Os reajustes já deveriam ter sido pagos, mas a prefeitura está enrolando. A categoria não é respeitada, nem valorizada."