Cidades

Guarulhense morre na Bahia após carro bater em carreta rebocada sem sinalização

Família seguia para velório no interior baiano quando veículo em que estava se envolveu no acidente

Uma operação de trânsito realizada pela concessionária responsável pela BR-116, que liga o Estado de São Paulo ao interior da Bahia, teria causado a morte do guarulhense Jucélio Nery Novaes. O acidente também ocasionou a morte de mais uma pessoa e deixou outras três feridas.

A família guarulhense seguia, no último dia 29, em um Fiat Palio de Salvador para o velório da mãe de Jucélio, em Lajedo do Tabocal, a 345 km da capital baiana, quando o veículo colidiu contra um guincho da concessionária Via Bahia. Segundo o administrador hospitalar Charles Renato da Silva, 56 anos, que estava no carro, a visibilidade já estava ruim devido à chuva. Para piorar a situação, não havia qualquer sinalização na estrada ou iluminação de segurança no reboque alertando os motoristas. Ele pretende processar a concessionária.

Além de Charles, estavam no veículo sua esposa, Lúcia Nery, Marinalva Nery, Jucélio e o motorista Alison Cesarinho de Oliveira. O guarulhense conta que o veículo trafegava a cerca de 80 km/h quando, por volta das 22h30, próximo ao pedágio da cidade de Milagres, eles avistaram o guincho dcruzar a pista rebocando uma carreta. O motorista ainda teria tentado desviar, mas atingiu a traseira do caminhão rebocado.

Após a colisão, Charles – que saiu ileso – retirou os feridos do veículo. "Quando o resgate chegou, era uma ambulância simples, com lugar somente para duas pessoas, sem qualquer equipamento que pudesse ajudar a salvar a vida das duas vítimas fatais".

Alison morreu a caminho do hospital e Jucélio durante o atendimento. Após cerca de meia hora, Charles e as duas mulheres foram levados ao Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, também em um veículo simples.

Segundo informações dos paramédicos, somente duas ambulâncias completamente equipadas atendem a região, uma em Salvador e outra em Vitória da Conquista, a 270 km de distância. O administrador diz que houve descaso e ineficácia no atendimento da concessionária Via Bahia, que até o momento não entrou em contato com a família para tratar do assunto.

 

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