O bairro Água Azul enfrenta uma série de dificuldades, como problemas de pavimentação e iluminação, de poucas linhas de ônibus e de matos carpidos, que não foram recolhidos e estão às margens da represa Água Azul.
O aposentado Alfonso Scielzo, 73 anos, morador da rua Portillo, reclama da situação das vias. "Como a rua é de terra e íngreme, o caminhão de lixo nem passa por aqui. O que me obriga a queimar o lixo". Scielzo morava no Jardim São João, mas precisou se mudar para o bairro, por que o lugar proporciona mais qualidade para a saúde da esposa e do filho.
Há mais de seis meses um poste próximo à casa do aposentado está sem iluminação com os fios pendurados se arrastando pela via. "Não bastasse as dificuldades da estrada de terra, ainda estamos sem luz", comenta Scielzo. A EDP Bandeirante informa que encaminhará uma equipe técnica ao local para realizar a manutenção na iluminação pública.
Moradora há 20 anos na rua Las Palmas, a doméstica Gercina Oliveira Pereira, 66 anos, espera cerca de uma hora para pegar o ônibus, que a leva até o trabalho. "Quando chove não tenho nem condições de chegar até o ponto. Até chegar à avenida Guanabara teria que descer as ladeiras me segurando nas árvores, para não cair na rua. Infelizmente o bairro está abandonado".
A população também reclama do mato que foi carpido e está às margens da represa Água Azul, na avenida Miami. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, no local onde houve corte de mato e raspagem do terreno haverá a implantação da pista de caminhada no entorno do lago. A limpeza será feita nas próximas semanas.
A ação faz parte de um grande projeto de revitalização do bairro, que contempla três frentes de trabalho com atuação de diversas secretarias para implantação de uma pista de caminhada, plantio de grama e árvores em frente ao Centro de Educação Ambiental, e pavimentação da avenida Guanabara e da rua Miami.
