Cidades

Moradores de áreas de risco voltam a viver em antigas residências

PL provado na semana passada tenta regularizar diagnósticos em regiões perigosas

Os moradores dos bairros caracterizados como áreas de risco reclamam que, após serem retirados de suas residências na época das chuvas, tiveram que voltar para as antigas moradias. O motivo, segundo eles, é que muitos ficaram hospedados nas quadras das escolas e, com o retorno do ano letivo, deixaram os locais improvisados e não foram remanejados para outra localidade.

Para Edmundo Santos, morador há 20 anos do bairro do Novo Recreio, a situação lá se torna insustentável quando as chuvas começam. "Todo ano é a mesma coisa: casas que desabam e pessoas que morrem ou perdem tudo em decorrência das chuvas. Além disso, se você está fora de casa, não consegue mais entrar", ressaltou Edmundo que afirmou, ainda, que os próprios moradores neste ano decidiram improvisar um sistema de segurança com lonas e novos muros.

Segundo o vereador Índio de Cumbica (DEM), a cidade conta hoje com cerca de 150 áreas de risco, dentre elas o Jardim Fortaleza, Santa Paula, Morro do Piolho e Jardim Cumbica.

As áreas de risco são localidades impróprias para o assentamento humano por estarem sujeitas a riscos naturais ou decorrentes de ação humana. Vários locais são caracterizados como de riscos, como margens de rios, florestas sujeitas a incêndios e áreas de alta declividade com risco de desmoronamento ou deslizamentos de terra.

Prefeito sanciona lei sobre diagnósticos de riscos

O prefeito Sebastião Almeida sancionou na última sexta-feira a lei número 6.905/11, do vereador Índio de Cumbica (DEM), que cria o Programa de Diagnóstico dos Riscos Geotécnicos e Ambientais no município. O objetivo é produzir uma rede de informações, com mapas e relatórios de riscos geotécnicos e ambientais, contendo, além de outras informações, as áreas alagáveis naturais, de risco de enchentes anuais e decenais, ocupadas ou não com possibilidade de ocorrências de deslizamentos e localidades que sofrem erosão pela ausência de cobertura florestal.

"A elaboração de um diagnóstico técnico contendo um levantamento detalhado é fundamental para a prevenção de desastres que constantemente ocorrem na nossa cidade", afirmou o vereador.

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