Cerca de 30 arte-educadores que integram o programa de oficinas culturais da Secretaria de Cultura de Guarulhos estariam desde agosto sem receber pelos dias trabalhados. Contratados em abril para trabalharem em regime de prestação de serviço temporário, os educadores dizem que as informações em relação ao pagamento estão desencontradas. "Nossos vencimentos nos são repassados através de nota de empenho cuja confirmação de pagamento é publicada mês a mês, entre o dia 20 e dia 30 no Diário Oficial do Município. Até o momento nada foi pago e ninguém nos dá uma informação concreta do que pode estar acontecendo", disse um educador ouvido pela reportagem.
Em média, os profissionais trabalham três vezes por semana em oficinas promovidas pela Pasta municipal e recebem R$ 25 por hora trabalhada – a jornada por oficina é de duas horas de trabalho o que dá um vencimento de R$ 600 por educador. "Desde o último dia 30 de setembro, estamos aguardando a liberação dos pagamentos referentes aos trabalhos realizados no mês de agosto e estamos tendo muita dificuldades para obter informações sobre a razão deste atraso. Cada departamento que procuramos nos dá uma informação diferente, muitas delas contraditórias entre si", comentou o educador.
Ainda conforme os educadores, a falta de pagamento tem gerado certa tensão uma vez que muitos arte-educadores necessitam dos rendimentos com as oficinas para comporem sua renda mensal. "Estamos inclusive custeando nosso deslocamento até os locais de trabalho. A situação está ficando insustentável", desabafou o entrevistado.
Os educadores explicaram também que o pagamento seria feito de acordo com a disponibilidade de caixa da Prefeitura – o que já estaria previsto na época da contratação, mas que nunca havia passado de 30 dias após o serviço prestado. "São mais de 70 dias e é difícil acreditar que uma Prefeitura com o poder econômico como a de Guarulhos não teria esse dinheiro para pagamento", concluiu.
O HOJE entrou em contato com a Secretaria de Cultura para saber o motivo do atraso nos pagamentos e quando a Pasta saldaria o débito com seus arte-educadores. No entanto, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada a redação.