Os pais de alunos da escola municipal Faustino Ramalho, no Recreio São Jorge, estão preocupados com os casos de meningite que surgiram em menos de duas semanas, com as crianças da escola. O primeiro caso foi diagnosticado em Nicolly Pontes, de dois anos e meio, que fazia parte da creche da instituição de ensino. A criança morreu no último dia 30, a causa do óbito foi meningite meningocócica.
Em razão da insegurança dos pais dos alunos, uma reunião foi realizada ontem à tarde na quadra da escola, para esclarecer as dúvidas geradas por causa de uma suspeita de meningite entre as crianças. A estudante do estágio II, Nathaly Cristina Dias Santiago, 4 anos, ficou internada em isolamento no Hospital da Criança, na quinta-feira, até o resultado do exame confirmar que ela não estava com meningite.
No entanto, a madrinha de Nathaly, Daniele Aparecida Gonçalves, 24 anos, declara que depois do exame, o hospital liberou a criança ainda vomitando. Ontem de manhã, a menina passou mal e foi novamente encaminhada para o hospital, onde solicitaram outra internação em isolamento. "Não me conformo como liberaram a Nathaly, e hoje [ontem] o próprio médico disse que ela estava sim, com meningite viral".
Como presidente da Comissão de Saúde, o vereador Jonas Dias (PT) esteve presente durante a reunião e disse que conversaria com o secretário de Saúde e de Educação para tomar conhecimento da real situação que está acontecendo na escola municipal Faustino Ramalho. O vereador esclarece que tem embasamento para analisar a situação já que é biólogo com formação em bacteriologia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro até o último dia 11 foram confirmados 35 casos de doença meningocócica na cidade.
No entanto, somente se configura surto quando há evidência de transmissão aumentada do meningococo em uma população, com elevação do número de casos onde não se determinou ligação entre pessoas e/ou lugares comuns entre eles.
Já o surto institucional somente é caracterizado a partir da confirmação de três ou mais casos dentro de uma instituição, porém, entre pessoas que não tiveram contatos íntimos num período de até três meses.
Com relação ao caso da aluna Nathaly Cristina, a pasta informa que está descartada a hipótese diagnóstica de meningite, tanto pela avaliação clínica como pelo exame realizado, bem como pela relação de tempo entre um caso e outro. Por fim, a Secretaria informa que está acompanhando o caso de perto, já adotou todas as medidas prescritas por protocolo do Ministério da Saúde e vem orientando os pais de alunos sobre a questão.
