Cidades

A partir de 2025, Guarulhos deve perder o título de maior aeroporto da América Latina

Viracopos, em Campinas, se transformará no mais movimentado do continente sulamericano

Uma projeção da Secretaria de Aviação Civil (SAC) aponta que a partir de 2025 o Aeroporto Internacional de Guarulhos – hoje, o principal do Brasil – deve perder o título de maior aeroporto da América Latina. Viracopos, em Campinas, deve tornar-se o mais movimentado do país.

De acordo com a SAC, até 2021, o aeroporto de Viracopos deverá receber 35 milhões de passageiros. Nos anos seguintes, de acordo com a projeção, o movimento dispara até chegar em 55 milhões de passageiros em 2025 e supera o que for registrado em Guarulhos.

Em 2010, Cumbica registrou o embarque e desembarque de 26,8 milhões de passageiros. Já a projeção aponta que o aeroporto de Guarulhos vai atingir sua capacidade máxima de movimentação, de 50 milhões de passageiros por ano, em 2021. Depois disso, o crescimento da demanda por voos na região será absorvido pelo aeroporto de Campinas que, diferente de Guarulhos, tem espaço para novas ampliações.

No entanto, o secretário-executivo da SAC, Cleverson Aroeira, aponta que, apesar de ser ultrapassado por Campinas no movimento geral de passageiros, Guarulhos vai continuar sendo o principal aeroporto internacional do país.

Os números foram apresentados na última quinta-feira, pelo ministro da SAC, Wagner Bittencourt, após entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU) os estudos técnicos, econômicos e financeiros para a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Só depois da análise do TCU é que o edital de concessão poderá ser publicado.

As empresas que vencerem os leilões de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília serão obrigadas a fazer investimentos iniciais, para atender aos passageiros que vão acompanhar no país a Copa de 2014.

Entre os três aeroportos que serão leiloados, o de Campinas é o que deve receber o maior investimento após a concessão, aponta a SAC. Serão cerca de 9,9 bilhões num período de 30 anos de administração privada, contra R$ 5,2 bilhões em Guarulhos (20 anos) e 2,7 bilhões em Brasília (25 anos).

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