Considerado como instrumento fundamental para estabelecer diretrizes para uso e ocupação do solo e para organizar o desenvolvimento de Guarulhos, o Plano Diretor do município começa a ser revisado, a partir deste mês, pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU).
O arquiteto e conselheiro da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Guarulhos, Antônio Lafrata, acredita que os instrumentos legais não estão conseguindo ordenar as construções. "O crescimento vertical não impede que surjam os problemas de infraestrutura". Como exemplo, ele aponta um recente condomínio na avenida Nossa Senhora Mãe dos Homens, onde precisou ser feito um alargamento da via, para não causar maior impacto no trânsito local.
Lafrata afirma que é necessário melhorar a infraestrutura da cidade, desde o transporte até a distribuição de água. É preciso um planejamento a longo prazo. "Atualmente falta visão de futuro para Guarulhos. É por isso que existe tanto rodízio de água e problemas no trânsito, porque a cidade cresceu de forma desordenada sem planejamento".
O processo de elaboração do novo Plano Diretor levará oito meses para ser concluído e será dividido em quatro etapas: metodologia, análise da situação atual, projeção de cenários futuros e proposta final, e por fim, a elaboração da minuta de lei, que será realizada pela empresa Ambiens Sociedade e Cooperativa – vencedora do processo licitatório – contratada para dar suporte.
De acordo com a pasta, o mais importante na revisão é o processo de planejamento participativo, que possibilitará a revisão das diretrizes de desenvolvimento urbano, econômico e social. Com o papel de orientar os agentes públicos e privados na construção e gestão, disciplinando o uso e ocupação do solo. Além de garantir uma cidade sustentável e com participação popular com vistas a melhorar a qualidade de vida de seus moradores e usuários. O último Plano Diretor de Guarulhos foi elaborado em 2004, na administração do prefeito Elói Pietá.