Cidades

Prestações altas aumentam desistências em contrato da CDHU

Moradores afirmam que prestações são mais altas do que alguns empreendimentos particulares

Valores acima do esperado nas mensalidades da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) aumentam as desistências dos imóveis na hora de firmar contrato. A auxiliar de saúde bucal, Elaine Fernandes Plaça, 36 anos, abriu mão de um imóvel localizado na Rua Geraldo Alves Celestino, no Parque Cecap, constituído de 224 apartamentos de dois dormitórios em edifícios verticais com quatro pavimentos sem elevador e sem unidades habitacionais no pavimento térreo.

Elaine reclama das prestações absurdas cobradas pela CDHU, que segundo ela, é mais cara do que empreendimentos particulares. Ela e o marido foram assinar o contrato da aquisição do imóvel no dia 8 de dezembro, mas desistiram do negócio porque o valor das parcelas estava fora do orçamento da família.

De acordo com a auxiliar, o casal teria que pagar uma prestação inicial de R$ 675 contando com o subsídio do governo ao longo de 2012, depois em 2013, com o reajuste anual de 8% o valor passaria para R$ 810, ajustados anualmente.

Segundo a CDHU, os imóveis são destinados a famílias que ganham de um a dez salários mínimos. As prestações são subsidiadas e calculadas de acordo com a renda familiar. Aquelas que ganham até 3 salários mínimos comprometem no máximo 15% da renda com as mensalidades; de 3,01 a 5 salários, o comprometimento de renda é de 15 a 20%; de 5,01 a 8,5 salários, de 20 a 25%; e de 8,51 a 10 salários, de 25 a 30%.

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