Cobrança abusiva e falta de água são as principais reclamações da população municipal contra o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Moradores da avenida Laranjal Paulista, no Jardim Paraíso, estão indignados com os valores altos cobrados nas faturas dos últimos dois meses, e quem reside na alameda Yayá, no Jardim Aida, não se conforma com o corte diário do abastecimento de água.
A dona de casa, Raimundinha da Costa Brito, 50 anos, pagou R$ 28 na fatura de novembro e tomou um susto quando recebeu a cobrança de R$ 480 de dezembro e de R$ 330 de janeiro. Da mesma forma, a vizinha, Conceição Duarte Gomes, 56, também se surpreendeu com as contas de dezembro e janeiro, que saltaram de R$ 50 para R$ 100. Outros moradores do Jardim Paraíso apresentam queixa contra cobrança abusiva.
O Saae disse que foi feito o levantamento do consumo dos imóveis da avenida Laranjal Paulista e constatou que no caso da Raimundinha, a cobrança foi lançada indevidamente na conta de dezembro e foi emitida segunda via no valor correto. Quanto à denúncia da Conceição, o problema ocorreu devido ao resíduo de um vazamento de água sanado; foi feito o devido abatimento na tarifa de esgoto e o vencimento foi alterado.
O problema do corte de abastecimento enfrentado pela funcionária pública, Marta Aparecida Pereira Santos, 45, é vivenciado todas as noites. "Desde outubro falta água todas as noites, por volta das 22h e como trabalho durante o dia, às vezes não consigo realizar os serviços do lar. A conta vem todo mês, mas a água não".
O Saae informa que a região pode sofrer intermitências não programadas no abastecimento, porém, em condições normais, se os imóveis possuírem caixa-dágua adequada, é possível minimizar os efeitos dos períodos sem abastecimento.