"Eu acabei de receber uma liminar da Justiça que impede de realizarmos o nosso evento. Isso é uma perseguição à obra de Deus. A Constituição Federal do Brasil me garante o direito à liberdade de culto e de expressão. Por isso, eu vou realizar a nossa vigília", anunciou, por volta das 20h, o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, apóstolo Valdemiro Santiago, para aproximadamente 30 mil pessoas presentes no momento na Cidade Mundial, em Cumbica, aguardando o início da reunião evangélica na noite de sexta-feira, prevista para começar às 23h.
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Momentos antes, às 17h, o juiz Rafael Tocantins Maltez acatou em caráter liminar a ação popular proposta pelo vereador Geraldo Celestino (PSDB), determinando a não realização do evento,para evitar os problemas que ocorreram na inauguração do espaço, dia 1º. Caso o evento fosse mantido, a Igreja Mundial teria de pagar uma multa de R$ 100 mil. O apóstolo atacou o vereador e reprovou a decisão do juiz. "Nunca vi um juiz cancelar um evento já com as pessoas presentes e em cima da hora. E o vereador Geraldo Celestino, que está preocupado só com os seus interesses, pois é contra o prefeito Sebastião Almeida e que quer ser prefeito de Guarulhos, nunca vai ser", disse Valdemiro aclamado por seus fiéis.
A assessoria de imprensa da Mundial informou que, na próxima semana, irá recorrer a decisão da Justiça e a multa estipulada. Segundo a assessoria, a multa imposta foi baseada em valores divulgados em uma reportagem da revista Veja, onde a publicação afirmou que o dinheiro arrecadado no último evento realizado no dia 1º janeiro, teria sido de R$ 4,5 milhões. Conforme a assessoria, a Justiça não poderia basear-se numa suposição de uma revista que não teve acesso ao borderô do dia.