Ronaldo Paschoalino
No dia 20 dezembro de 2011, a jornalista Flávia Aquelino foi até a UBS Jardim Vila Galvão para que sua filha recém nascida, recebesse a segunda dose da vacina contra hepatite B. No entanto, a auxiliar de enfermagem que atendeu a criança, acabou por aplicar outras três vacinas que, segundo Flávia, teriam apenas que ser aplicadas quando a bebê tivesse completado dois meses de vida. "Na hora não percebi o erro. Só tive conhecimento que as doses foram aplicadas antes do tempo após consulta pediátrica", disse a jornalista.
Conforme Flávia, as vacinas aplicadas erroneamente estavam a do rotavirus, tetra e paralisia infantil. Ainda conforme Flávia, o erro poderia ter causado efeitos colaterais graves, segundo explicou a pediatra da filha. "Para a vacina do rotavírus existe uma orientação entre a idade mínima e máxima para que seja aplicada na criança. A recomendação para a aplicação da primeira dose deve ser aos dois meses de idade ou idade mínima de um mês e 15 dias de vida. Minha filha poderia ter tido hemorragia", comentou. A mãe da criança reclamou também que a UBS só prestou esclarecimentos sobre o fato ocorrido após ter cobrado explicações do fato ocorrido. "Ninguém da UBS disse que minha filha teria que ficar 42 dias em observação. Só me prestaram esclarecimentos após eu e meu marido reclamarmos em alguns órgãos".
A filha de Flávia nasceu no dia 19 de novembro de 2011, prematura, devido a problemas na gestação. A criança nasceu com 1.920 kg e precisou ficar 22 dias na UTI antes de receber alta. "Por sorte não houve efeito colateral. Mas é preciso que a Secretaria de Saúde tome alguma providência em relação a negligência cometida pela UBS e pela auxiliar de enfermagem que nos atenderam", concluiu.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que a mãe está sendo orientada pela unidade, tanto que somente ficou sabendo do ocorrido pela pediatra da própria UBS, que explicou para a mãe a necessidade de observar a criança e recomendou o acompanhamento dela na unidade e que a Vigilância Epidemiológica já foi notificada e aguarda uma resposta oficial da Divisão de Imunização da Secretaria Estadual sobre a data indicada para a administração da segunda dose da vacina neste caso. Por fim, informa que adotará as medidas necessárias com relação a auxiliar de enfermagem.