Os integrantes de uma quadrilha especializada em fraudar benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em Guarulhos, foram condenados pela Justiça Federal a 134 anos. Os 13 integrantes foram acusados pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e corrupção ativa/passiva por fraudar cerca de 300 benefícios concedidos irregularmente entre 2009 e 2010.
O valor da fraude teria gerado um prejuízo de R$ 9 milhões aos cofres públicos, conforme estimativa do Ministério Público Federal. As investigações tiveram início em 2009 após a descoberta de que um técnico responsável pelo seguro social do INSS teria se associado aos outros 12 réus, entre eles um delgado da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Segundo informações da Procuradoria, o servidor da previdência utilizou programas de computador para obter, de forma ilegal, a senha de outros servidores do INSS, principalmente médicos peritos. De acordo com a sentença, oito réus foram condenados a cumprir suas penas em regime fechado, com condenações variando entre oito e 11 anos de reclusão – eles não poderão recorrer em liberdade.
A quadrilha abordava segurados que tiveram o benefício negado e ofereciam o serviço, dispensando a realização de nova perícia. Uma parte do valor liberado para o segurado era repassado para a quadrilha. Com o dinheiro do golpe, segundo o Ministério Público, o servidor chegou a possuir carro de luxo e caminhões.