Há uma semana, 52 famílias perderam suas casas no incêndio que consumiu parte da favela do Hatsuta, na avenida Tancredo Neves. Desde então, as que não conseguiram ir para casa de amigos ou parentes – cerca de 25 famílias – estão acomodadas no Thomeozão, após ficarem por dias no Clube do Cecap. A reportagem foi ao ginásio na tarde e conversou com algumas pessoas que, entre tantas reclamações, estão aguardando a prefeitura decidir qual o futuro delas. Todas esperam pelo auxílio aluguel até que as unidades habitacionais que estão sendo construídas pelo município fiquem prontas e sejam destinadas a elas.
No Thomeozão, as famílias reclamam da falta de lugar para lavarem roupa e da comida que está sendo servidas. Muitas pessoas sofreram de diarréia na última sexta-feira e disseram que foi por causa da comida servida.
Outra reclamação das famílias é que muitas doações de roupa tem chegado ao ginásio, mas poucas roupas em condições de serem usadas estão sendo repassadas. As famílias reclamam também a ausência do prefeito Sebastião Almeida, que não os visitou e nem atendeu a comissão de moradores após o incêndio.
Nesta terça ou quarta-feira uma reunião entre representantes dos moradores e município deve ocorrer para, quem sabe, se chegar a um acordo sobre o futuro dos desabrigados. Na última sexta-feira, dia 2, a vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB) criticou a forma com que o Governo Municipal está levando a situação. "O governo nomeou o Paulo Victor – diretor da Defesa Civil – para resolver o problema, mas ele não tem poder de certas decisões. Jogaram o problema nas costas da Defesa Civil", disparou a vereadora. "A situação no Thomeozão está caótica", acrescentou.